Doente de verdade

8 mar, 2013

Doente de verdade

Começo o post mostrando como Obi-Wan era gordinho. Eu adoro essa foto.

23 de novembro de 2011 com Pipoca dormindo e Tina

Até novembro de 2012, Obi-Wan tinha uma vida normal, exceto pelo Interferon. Dávamos diluído pronto (comprávamos na Gatos e Gatos o vidro na dosagem certa) em semanas alternadas e a cada 3 dias. Mantivemos essa rotina sem deixar um dia sequer escapar.

O apetite dele continuava de morto de fome e sua gengiva as vezes ficava mais inflamada, mas nada que o o Perioxidin não resolvesse.

No feriado do dia 02 eu fui para a casa da família do Ernesto em Angra dos Reis. Uns dias antes de ir já era notável que ele estava mais desanimado, mas não achamos nada demais, porque ele sempre foi um gato meio preguiçoso. Logo, essa falta de atividade não nos preocupou, afinal ele continuava comendo e fazendo suas necessidades normalmente.

No dia 05, enquanto voltava pra casa, minha mãe ligou e me avisou que estava indo à farmácia comprar Pedialite pra hidrata-lo, porque ele estava sem comer e beber água durante todo o dia e que ele estava febril. Fui chorando de Muriqui ao Rio de Janeiro e quando cheguei em casa o encontrei deitado, desanimado e muito mole. Minha mãe tinha dado o soro, mas ele não tinha apresentado nenhuma melhora. Ele não reclamava quando mexíamos nele, por isso concluímos que estava sem dor. Era como se ele estivesse sem energia, tivesse sem bateria.

Como era tarde, decidimos que no dia seguinte bem cedo levaríamos numa clínica que tínhamos uma boa referência para interná-lo. E ao acordar eu o encontrei dentro do fundo do armário do banheiro e fiquei em pânico pensando que ele tinha se escondido pra morrer.

Bem, acho que era essa a intenção, porque quando os exames saíram foi super alarmante.

O hemograma mostrou uma anemia mais que aguda e que precisava de uma transfusão pra ontem. Plaquetas e células brancas completamente alteradas. E o ultrassom mostrou que ele estava com o Platinossomíase(popularmente conhecida como verme da lagartixa) já alojada no fígado, bronquite e ainda tinha uma massa estranha no baço.

Nada promissor.

Depois de 12 horas no soro, ele não tinha reagido muito e estávamos completamente convencidos de que ele não iria sobreviver. Dependíamos da transfusão de sangue que ia acontecer no plantão da madrugada ser bem sucedida, porque tinha que ter uma bolsa de sangue disponível e o sangue desta ser compatível com o do Obi.

Nesse dia fui dormir odiando a FeLV por ter levado meu gato com apenas 3 anos de idade, sendo que a metade demos o Interferon.

Porém, como é de se imaginar, a transfusão foi um sucesso e Bililico estava de focinho rosa e ativo quando minha mãe foi visita-lo a tarde! Agora tínhamos que correr para acabar com as infecções e com o parasita. No mesmo dia começaram o medicamento.

7º dia internado e consegui que ele comesse um pouquinho por vontade própria

Num total, ele ficou 10 dias internados. E só no 9º dia ele voltou a comer um pouco por vontade própria. Até então era AD(comida mega vitaminada e nutritiva pastosa) via seringa.

Ele perdeu 4kg em 3 dias e isso nos assustou demais. Vimos a potência da FeLV e decidimos que iríamos testar e vacinar todos os outros gatos da casa, porque não queríamos ver mais nenhum dos nossos peludos sendo consumidos de maneira tão devastadora.

Aline, a veterinária que sempre cuidou dos nosso gatos, nos recomendou continuar o tratamento com o Gabriel, um amigo dela e especializado em gatos, já que para ela, que atende à domicílio, estava complicado dar atenção e assistência que esse caso precisa.

Minha irmã e eu já conhecíamos o nome do Gabriel do meio das ongs e das protetoras. E faz jus ao que dizem: o Gabriel é demais!

É muito bom para um proprietário de gato ir numa clínica especializada em gatos, porque ainda se tem muitos veterinários que faz tratamentos parecidos para sintomas semelhantes em gatos e cachorros.

Lentamente o Obi-Wan criou uma rotina estável. Ele só voltou a comer sozinho sem que tivéssemos que completar com AD depois de 3 semanas. Nesse tempo demos ferro e começamos a dar um remédio para controle viral específico. É medicamento humano para AIDS, não me lembro o nome.

Porém, no Natal ele apresentou um quadro diferente e agudo que era uma dor e inchaço nas articulações de todas as patas e febre. Fizemos raio-x e não apresentou nada de diferente. Dessa vez ele reclamava quando mexíamos nele e nem curtia nossos carinhos.

Entramos com antiinflamatório para a dor e com prednisona para as articulações.

Ele estava de partir o coração. Mancando e sem conseguir ficar sentado para comer. Ele comia deitado mesmo. Mas depois de 1 semana medicado, ele voltou a andar sem mancar.

Até agora estamos dando a prednisona sem interrupções, 2 vezes ao dia(a gente programa nossos horários para poder ter certeza que ele vai tomar no horário certo), e as vezes essa questão com as articulações voltam e entramos com o antiinflamatório novamente por uns dias.

Nesse domingo minha mãe reparamos que ele mancava um pouco e que ele parecia mais magro ainda e entramos com o antiinflamatório.

E que diferença! No dia seguinte ele estava pedindo comida e subindo em vários lugares. Com uma carinha ótima e rolando pelo chão fazendo gracinha!

Ernesto disse que ontem o encontrou brincando com o Guaraná. Correndo e miando! E ele não corria desde quando ficou malzão em novembro. É muito bom vê-lo mais animado!

Consegui falar da história do Obi e agora pretendo compartilhar os detalhes e dicas que aprendemos nesse processo: experiências com os medicamentos, sintomas diferentes e observações sobre o desenvolvimento das doenças.

Ah! Testamos os outros gatos e todos negativos. Já foram vacinados e temos um pouco mais de tranquilidade com relação a isso.

Assim que ele chegou em casa da internação.

alinehermann

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